A parte superior da Rua das Pretas, junto à igreja de São Pedro (1920 ?) 📷 Arquivo e Biblioteca da Madeira - Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicentes 📷 |
por: Paulo Camacho
foto: Funchal Daily Photo |
Quanto ao nome actual, as leituras mais convergentes apontam para que a origem se deva à existência de diversas casas de famílias ricas que tinham ao seu serviço muitas empregadas negras.
Mas há também quem refira que se deve à constante circulação de negros que trabalhavam nas residências relevantes situadas nas redondezas.
Outra curiosidade desta rua é que, no início do século XX, existiam os estábulos para os animais que conduziam atrelados, um meio de transporte de mercadorias pesadas muito utilizado na época. Contudo, as autoridades sanitárias terão decidido que os animais deveriam ser mudados para um local mais afastado do centro pela higiene e ruído.
Hoje, a Rua das Pretas tem alguma habitação, mas é mais direcionada para o comércio e serviços. Mantém as casas senhoriais, mas, na maior parte, estão fechadas. A aguardar novas vidas.
É nesta rua que está, logo no início, o IAsaúde – Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais. Depois tem uma unidade hoteleira, restaurantes, um cartório notarial, lojas de comércio diversas, lavandaria, e um centro comercial.
Em tempos teve uma das confeitarias mais famosas da cidade: a Confeitaria Felisberta. Há muitos anos que está desativada e cada vez mais degradada, sobretudo depois do incêndio em 2016.
E, teve, até há poucos anos, uma das últimas, senão mesmo a última alfaiataria da capital madeirense.
A Rua das Pretas tem cerca de 180 metros de comprimento.