A Rua Direita faz parte do lote das antigas artérias da cidade do Funchal.
No século XVI, segundo algumas versões, ia do Largo do Pelourinho, atravessava a ribeira de Santa Luzia e terminava na hoje chamada Rua dos Ferreiros.
por: Paulo Camacho
Atualmente, é uma rua sem saída, para o trânsito automóvel. Tem cerca de 100 metros e chegou a comunicar entre o referido largo e a Rua 31 de Janeiro.
Esta antiga via da capital, a partir da década de 30 ou princípios dos anos 40, deixou de proporcionar o acesso automóvel com a Rua 31 de Janeiro.
E, mais tarde, aí pela década de 60, esta ligação passou a ser feita por uma escadaria, ligação que se mantém hoje.
Além da já referida ligação, a Rua Direita liga à pequena Rua da Cadeia Velha, que dá para a Rua Dr. Fernão de Ornelas.
No outro extremo, liga à Rampa D. Manuel, à Travessa da Malta e ao Largo do Pelourinho.
Apesar de hoje parecer uma rua secundária, com alguns novos negócios de espaços comerciais a perderem fulgor e a se verem forçados a fechar as portas, não foi assim noutros tempos. Tempos em que a rua tinha vida própria e fervilhava com transeuntes a subirem e descerem à procura do muito que por ali se vendia.
Verdade seja dita que alguns negócios ainda existem na Rua Direita, mas a pujança é bem diferente da rua que ligava ao largo que ainda ostenta o pelourinho que lhe deu o nome. Um pelourinho enviado em 1486 pelo duque D. Manuel.
Foi por ali que se estabeleceu a primeira Alfândega do Funchal e ainda as primeiras feitorias comerciais. E foi a partir do largo que se formou a artéria principal que recebeu o nome tradicionalmente dado às ruas deste tipo nas cidades medievais portuguesas, precisamente Rua Direita.
Hoje, a par da construção de edifícios modernos, a Rua Direita mantém ligações com o passado, com alguns edifícios dos séculos XVII e XVIII.
