A Rua de
Santa Maria é das mais antigas da cidade do Funchal, e igualmente da Madeira.
Está integrada na freguesia de Santa Maria Maior, a primeira a ser criada na
ilha.
por: Paulo Camacho
A Rua de Santa Maria estende-se desde a Rua Brigadeiro Oudinot, junto ao Largo do Poço, e prolonga-se com a sua História até ao Socorro, na zona da Barreirinha e da igreja do Socorro.
Segundo escreveu António Aragão, nos primórdios do povoamento existia ali uma pequena igreja, a de Santa Maria do Calhau, a partir da qual se estendia “um chão que deslizava até ao calhau” e que “servia de espaço social de convívio e comércio”.
Lê-se nos documentos que desta igreja saía, para nascente, uma rua e ao lado ficava um improvisado cemitério e um poço público.
Com uma estrutura de ocupação linear, que se adaptava às condições físicas do local, este núcleo urbano estendia-se “ao longo da faixa de terra chã em face do mar, paralela ao calhau”. Desde a ribeira de Santa Maria até ao Corpo Santo.
Ora, é essa rua que, de um modo natural, resultou desta implantação e que recebeu o nome de Rua de Santa Maria do Calhau. A rua que renasceu com as portas pintadas e com a vida que João Carlos Abreu devolveu com o seu regresso às origens.
Rui Santos, nas suas “Crónicas de domingo”, escreveu nas páginas do Jornal da Madeira que um trecho da Rua de Santa Maria (que perderia o Calhau a dado momento da História), entre o Largo do Poço e a Rua da Boa Viagem, foi a Rua dos Caixeiros. Esta via pública, a partir dos primeiros anos da década de 90, passou a ter o seu acesso pelo Largo do Poço, por uma pequena rampa.
A Rua de Santa Maria é hoje um misto do ponto de vista da ocupação. Tem a componente residencial, que já foi mais acentuada, zona comercial, sobretudo restaurantes, a famosa padaria Mariazinha e uma residencial com o mesmo nome.
A Rua de Santa Maria tem cerca de 657 metros de extensão.